sábado, 26 de setembro de 2009

Jararaca ilhoa


A jararaca-ilhoa, cujo nome científico é Bothrops insularis, é uma serpente sui generis, adaptada a vida arborícola ou semi arboricola, o que se reflete em diversos aspectos de sua morfologia e comportamento. Vive exclusivamente na Ilha da Queimada Grande a 35 km do litoral paulista, no município de Peruíbe.

Existem cerca de três a cinco mil indivíduos na ilha, notícias recentes (Jornal "Folha de São Paulo", 30 de outubro de 2008 - Caderno Ciência) por estimativa acredita-se que haja cerca de 2.000 animais e que estão microchipando as serpentes para se chegar a uma contagem mais precisa. Não tem concorrentes nem predadores. Pode sobreviver cerca de seis meses sem se alimentar. Alimenta-se normalmente comendo pássaros e ovos, especialmente de atobá-pardo, muito comum na ilha.

Origem

É provável que as serpentes já estivessem ali antes do término da era glacial, na época que o local era um morro continental. Esse fato ocorreu há cerca de dez mil anos, transformando esse morro numa pseudo ilha.

Veneno

O veneno da Bothrops insularis é estudado pelo Instituto Butantã e pouco fabricado, pois aonde vivem só pesquisadores podem ir. É muito poderoso pois, pela sua ação inibidora, a pessoa morre por falência geral orgânica ao fim de duas horas, após ser inoculada, a serpente desenvolveu este ultratóxico veneno pois seu alimento é basicamente as aves evitando-se assim que a refeição escape. Devido a essa particularidade, seu veneno é muito procurado. Mesmo sendo de visitação restrita, existem casos registrados de espécimes que foram retirados da ilha sem autorização do órgão competente.

Pode-se citar uma reportagem da revista semanal brasileira Isto é, de 24 de setembro de 2003, revelando que foram flagrados à venda alguns exemplares da espécie em um mercado de animais em Amsterdã, nos Países Baixos, e que seriam utilizados em pesquisas científicas, não confirmada pela Interpol.

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